domingo, 3 de julho de 2011

O consumo de álcool na gravidez pode trazer graves prejuízos ao bebê, pois as bebidas alcoólicas penetram no feto por meio da corrente sanguínea materna. Conhecida como Síndrome do Alcoolismo Fetal (SAF), a doença acomete 12 mil bebês por ano no mundo, conforme a Organização Mundial da Saúde. Na maioria das vezes sem diagnóstico, ela é responsável por grande parte das deficiências apresentadas pelos recém-nascidos. Os sintomas são conhecidos como efeitos do álcool no feto (EAF).

Os bebês com a síndrome costumam apresentar malformações na face (lábio superior bem fino, nariz e maxilar de tamanho reduzido, por exemplo, cabeça menor que a média), anormalidades cerebrais, falta de coordenação motora e distúrbios de comportamento, até retardo mental, malformação em órgãos como rins, pulmões e coração, e baixo peso ao nascer. "Quando vão para a escola geralmente enfrentam dificuldades de aprendizado, memorização e atenção", aponta o pediatra e neonatologista do Instituto Plena e do Hospital Albert Einstein, Jorge Huberman.
O diagnóstico da SAF depende da informação ao pediatra dos hábitos da mãe na gravidez e da existência de alcoolismo na família. Para ele, o consumo de álcool na gravidez é uma questão polêmica, pois, embora a abstenção total de bebidas seja recomendada oficialmente pelo Ministério da Saúde e pela maioria dos médicos, na prática muitas grávidas acabam ouvindo de alguém que um pouquinho de cerveja ou vinho não fazem mal nenhum. "Infelizmente, essas medidas 'aqui e ali' são subjetivas e podem levar a abusos por parte da mãe e graves consequências futuras para o bebê. O álcool contido em vinhos, cervejas, cachaças, drinques com frutas, uísque e outras bebidas passa facilmente através da placenta para o feto em desenvolvimento, que pode vir a nascer com problemas motores, físicos e mentais, além de comportamento".
A exposição do feto a alguns medicamentos, drogas, álcool e tabagismo nos três primeiros meses de gestação tende a ser mais deletério. "Esse período é o mais crítico para a formação do bebê", diz o ginecologista e obstetra da Genics Medicina Reprodutiva e Genômica, Gustavo B. Kröger. Antes de usar qualquer medicamento, é necessário que a gestante comunique ao seu obstetra.
Via:Bbel

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